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Como descartar resíduos da indústria farmacêutica? ligue 11-4722-3991

 

descartar resíduos da indústria farmacêutica

 

A máxima de que o planeta e as pessoas só estarão preservados com uma política de redução de resíduos vale para todos os setores. Setores como o farmacêutico também podem ser poluidores. Por exemplo, quando descartam de maneira descuidada medicamentos rejeitados pelo controle de qualidade. Por isso, a necessidade de se saber como descartar resíduos da indústria farmacêutica.

 

E por que motivo a indústria farmacêutica também entrou no rol de potenciais poluidoras? Porque é um setor que tem colocado cada vez mais produtos no mercado. No Brasil, entre 2012 e 2016, houve um aumento de 42% nas vendas de remédios em farmácias. O setor não pode ficar alheio aos impactos ambientais do descarte de seus resíduos, sabendo destiná-los corretamente.

 

Além disso, podem sofrer queda de lucros e perda de reputação se ignorar os perigos do não tratamento dos resíduos. Vamos saber mais a respeito?

 

Conheça os resíduos farmacêuticos

 

descartar resíduos da indústria farmacêutica

 

A movimentação da indústria farmacêutica brasileira está relacionada ao aumento da população e do consumo e o acesso facilitado aos remédios. Há, também, uma preocupação maior das pessoas com a saúde e a entrada dos medicamentos genéricos no mercado brasileiro. Com tanto remédio circulando e podendo ser descartado erroneamente é preciso investir em uma política de gestão de resíduos.

 

Mas quais são os resíduos gerados pelo setor farmacêutico? A fabricação de remédios envolve diferentes fases. Para que o produto chegue ao consumidor é preciso realizar pesquisas e testar formulações para, então, se chegar à comercialização e distribuição. Em todo esse processo são gerados resíduos provenientes de:

 

Devolução e recolhimento de medicamentos do mercado;

Descarte de medicamentos rejeitados pelo controle de qualidade;

Perdas inerentes ao processo;

Embalagens que transportam insumos e matérias-primas para a fabricação.

Grande parte dos resíduos gerados pela indústria farmacêutica é classificada como classe I, conforme a NBR 10.004/2004, principalmente pelas substâncias ativas e reagentes utilizados em sua fabricação. Isso significa que são resíduos perigosos, e o tipo de periculosidade pode ser identificado por meio de características como:

 

Inflamabilidade: resíduos que podem entrar em combustão facilmente ou de maneira espontânea;

Toxicidade: resíduos que agem sobre organismos vivos, provocando danos a suas estruturas biomoleculares, podem incluir aspectos carcinogênicos, teratogênicos, mutagênicos, entre outros.

Corrosividade: resíduos que devido a sua característica ácida atacam materiais e organismos vivos;

Saiba mais: Como as empresas podem resolver o problema para gerar menos resíduos?

 

Descarte corretamente os resíduos perigosos

descartar resíduos da indústria farmacêutica

 

Há diferentes maneiras de se descartar corretamente resíduos perigosos como os da indústria farmacêutica. Mas qualquer solução exige pesquisa criteriosa para se chegar ao melhor tratamento, sempre seguindo os critérios legais.

 

Entre as principais formas e tratamentos de resíduos perigosos está o cooprocessamento.  Trata-se de uma técnica que destrói o resíduo por meio de incineração. Essa queima é feita, mais frequentemente, em fornos fabricantes de cimento.

 

O interessante do cooprocessamento é que no processo de queima são eliminados tanto resíduos industriais sólidos, quanto resíduos pastosos, que são utilizados como combustíveis para os fornos de clinquerização.

 

Isso significa que a indústria cimenteira também sai ganhando. Os resíduos perigosos, após passarem pelo processo de queima, podem ser reutilizados, substituindo parcialmente o combustível que alimenta a chama do forno que transforma calcário e argila em clínquer, matéria-prima do cimento.

 

Outra vantagem do coprocessamento é que os fornos de cimento são capazes de destruir grandes volumes de resíduos de forma segura. É uma técnica sustentável, pois poupa o uso de combustível e não oferece risco nem a trabalhadores nem às comunidades que vivem em torno das fábricas.

 

Lógica reversa para resíduos farmacêuticos

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a indústria farmacêutica deve ser responsável pela gestão dos resíduos do setor, mas é necessária uma coparticipação de outros agentes. O órgão vem estudando formas de envolver também as farmácias e os próprios consumidores para que a destinação dos resíduos seja bem sucedida.

 

Uma das propostas seria a implantação da lógica reversa para os medicamentos vencidos. O conceito de logística reversa foi estabelecido inicialmente pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305/2010.

 

Essa Política de Resíduos, por meio da logística reversa, passou a  responsabilizar, de forma compartilhada, os geradores de resíduos e o poder público, assim como os fabricantes, distribuidores e importadores de produtos que produzem resíduos.

 

No caso dos remédios, a ideia é englobar também o consumidor. Ficaria a cargo do comprador reunir os medicamentos vencidos em sua casa, devolvendo-os às farmácias. Os estabelecimentos comerciais repassariam ao distribuidor e esse às indústrias farmacêuticas. O setor fabricante fecharia o ciclo, ficando responsável pela incineração dos remédios.

 

Poupe o meio ambiente dos resíduos perigosos

descartar resíduos da indústria farmacêutica

 

Fica claro que a gestão dos resíduos farmacêuticos é medida que deve ser tratada com responsabilidade pelo setor. Como assinala o departamento de Resíduos Perigosos do Ministério do Meio Ambiente, a necessidade de se descartar corretamente os medicamentos deve-se ao seu potencial perigo ao meio ambiente e à saúde humana. Simplesmente devolver ao meio ambiente os medicamentos fabricados pode provocar contaminação ambiental em solo, na água, na fauna e na flora e atingir também a saúde humana.

 

Negligenciar a necessidade de uma gestão correta de resíduos farmacêuticos pode reduzir o volume de vendas de medicamentos e destruir a reputação de empresa, visto que o consumidor vem cobrando cada vez mais uma postura sustentável das organizações. Boicotes e difamações podem gerar às empresas tanto consequências tangíveis, como perda de lucros, quanto intangíveis, como a desqualificação da imagem.

 

Além disso, fabricar medicamentos sem atentar para os resíduos gerados pode resultar, também, em sanções e multas pelo descumprimento das leis ambientais.

 

Em contrapartida, a indústria farmacêutica ecoeficiente ganha muito em reputação ao eliminar passivo ambiental, fazer a destinação completa e segura dos resíduos perigosos e reduzir o uso de combustíveis-não renováveis.